quinta-feira, 28 de julho de 2011

SÍNDROME DE ASPERGER


Nos informarmos é de fundamental importância para a prevenção. A informação é fonte de saúde, pois através dela, nos conscientizamos sobre uma variedade de assuntos que de certa forma tornam-se úteis em nosso dia-a-dia.

A era da tecnologia favorece-nos para obtenção de informações e a facilidade pode nos auxiliar para uma qualidade de vida, sendo utilizada a nosso favor.

Síndrome de Asperger é uma desordem pouco conhecida, visto que suas pesquisas datam de a cerca de 15 anos apenas. Devido à falta de conhecimento por parte de profissionais da saúde, professores e educadores, é diagnosticada tardiamente e que pode ser confundida com Perturbação Obsessivo – Compulsiva, Depressão, Esquizofrenia entre outros.

É caracterizada por desvios e anormalidades em três amplos aspectos do desenvolvimento: interação social, uso da linguagem para a comunicação e certas características repetitivas ou perserverativas sobre um número limitado, porém intenso, de interesses.

Apesar de existirem algumas semelhanças com o Autismo, as pessoas com Síndrome de Asperger geralmente têm elevadas habilidades cognitivas por funções de linguagem normais, se comparadas a outras desordenas ao longo do espectro.

Crianças com Síndrome de Asperger, podem ou não procurar uma interação social, mas têm sempre dificuldades em interpretar e aprender as capacidades da interação social e emocional com os outros.

De acordo com as pesquisas, a Sindrome de Asperger é mais ocorrente entre o sexo masculino do que o feminino, sendo a razão para isso é desconhecida. SA é muito comummente associado com outros tipos de diagnóstico, novamente por razões desconhecidas, incluindo: “tics” como a desordem de Tourette, problemas de atenção e de humor como a depressão e ansiedade. Em alguns casos há um claro componente genético, onde um dos pais (normalmente o pai) mostra ou o quadro SA completo ou pelo menos alguns traços associados ao SA; fatores genéticos parecem ser mais comuns em SA do que no autismo clássico.

O novo critério do DSM-IV para diagnóstico de SA, inclui a presença de:

Particularidades qualitativas na interação social, envolvendo alguns ou todos de entre:

_ uso de peculiaridade no comportamento não-verbal para regular a interação social;

_ falha no desenvolvimento de relações com pares da sua idade;

_ falta de interesse espontâneo em dividir experiências com outros;

_ falta de reciprocidade emocional e social.

Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades envolvendo:

_ preocupação com um ou mais padrões de interesse restritos e estereotipados;

_ inflexibilidade a rotinas e rituais não funcionais específicos;

_ maneirismos motores estereotipados ou repetitivos, ou preocupação com partes de objetos.

Quanto mais cedo o tratamento começar, melhor será sua estruturação cotidiana. Isto implica tratamento a nível psicoterapêutico, a nível educacional e social.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL



Caminhando para um mundo integral, no qual os conceitos estão aos poucos sendo transformados, do conteúdo individual para o coletivo, do reducionismo para o amplo, da fragmentação para a integração, a inteligência motivadora que deve ser expressa e ensinada desde a infância: é a Inteligência Emocional.

Necessária em todas as relações, sejam elas interpessoais ou intrapessoais, saber lidar com nosso campo emocional, com as pressões internas e externas, com as rotinas aceleradas e as relações fragmentadas das famílias. Torna-se de grande valia o desenvolvimento das potencialidades individuais na perspectiva de saúde mental.

O Conceito de Inteligência Emocional estipula que se trata de uma habilidade para reconhecer o significado das emoções e suas inter-relações, assim como raciocinar e resolver problemas baseados nelas.

As emoções contêm informações sobre relacionamentos do organismo com o meio. Nesse sentido, a inteligência emocional associa-se à capacidade de reconhecer os significados das emoções e dos relacionamentos. Assim podemos utilizá-las para orientar as ações de adaptação ao meio (MAYER, 1999).

Sendo a primeira e fundamental forma de estimular o desenvolvimento desta habilidade, ensinar desde o inicio do desenvolvimento das crianças a NOMEAR OS SENTIMENTOS. Nem tudo que sentimos é amor ou ódio, alegria ou tristeza. Sentimos de tudo ao longo de nossas vidas, temos diversos conflitos e dificuldades de lidar com esses sentimentos e sensações, e também de saber o que são.

Essa habilidade pode ser utilizada para o bom desempenho social, no âmbito profissional, familiar e principalmente para si próprio, na construção de um ser humano saudável emocionalmente equilibrado que consegue pensar e agir de maneira coerente e sensata.

Dicas de Leitura:

INTELIGENCIA EMOCIONAL E A ARTE DE EDUCAR NOSSOS FILHOS (JOHN GOTTMAN E JOAN DeCLAIRE)

INTELIGENCIA EMOCIONAL (DANIEL GOLEMAN)

INTELIGENCIA EMOCIONAL NO TRABALHO (HENDRIE D. WEISINGER)

Competição e Saúde Mental


A Competição faz parte de nosso conteúdo social, inserido em nossa cultura, pode ser utilizado diante da criança desde o nascimento, com comparações dos próprios pais e familiares.

Concorrer na busca de um objetivo é saudável para todo e qualquer ser humano independente da fase da vida, para com isso alcançar graus mais avançados de aprimoramento intelectual, material e social. Porém, o estímulo à competição deve ser dosado e analisado em crianças e adolescentes visto estar havendo a estruturação da personalidade destes.

Durante a período da infância em que a criança passa por diversas fases, o excesso de estímulo propiciado pelos pais pode influenciar para a formação de adultos com sentimentos prevalentes de egoísmo, podendo levá-los à sérios problemas de emocionais e de sociabilidade.

Dificuldade em trabalhar em grupo, sentir-se sempre melhor, arriscar em negócios e na vida pessoal com o fator confiança exacerbado, são conseqüências da estimulação da competição.

É em meio aos contatos inter-relacionais que é possível observar questões relacionadas á competição. Nos círculos de amizade, no local de trabalho e até mesmo em família surge a necessidade de sobressairmos. E diante disso, deve ser analisado o sentimento que nos move se é para a superação, alcance de metas pessoais ou dominar, e ser melhor que os outros.

Um fator cultural como a competição quando passa de um nível benéfico para um de desequilíbrio, pode esconder conteúdos íntimos causando: sintomas depressivos, solidão, níveis de agressividade, má qualidade dos relacionamentos interpessoais, mau desempenho profissionais e acadêmicos. Portanto, o competir faz parte de nosso meio e deve ser utilizado de forma saudável de desenvolvimento, prevalecendo-se o bem-estar mental e social.

Autismo - A descoberta de um novo mundo


Autismo é um tipo de transtorno detectado por volta dos três anos de vida, devido a dificuldade que se encontram no âmbito principalmente da linguagem/ comunicação e interação social.

De acordo com o CID X, temos por definição: Transtorno global do desenvolvimento caracterizado por: a) um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos, e b) apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo. Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas outras manifestações inespecíficas, por exemplo: fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade (auto-agressividade).

Crianças autistas demonstram em geral dificuldade em relacionar-se e interagir, até mesmo com os pais, comumente não olham nos olhos e tem uma a fala restrita, por manterem-se com o foco em si, não desenvolvem na perspectiva considerada normal o desenvolvimento da linguagem, sendo essa corporal e verbal.

Excutam movimentos repetitivos e podem ficar horas voltadas para uma mesma atividade como, por exemplo, girar uma tampa de panela, ou olhar diretamente para uma parede por um longo período.

A criança autista vem sendo diagnosticado cada vez mais cedo, conforme crescem as pesquisas nesta área específica, por meio de uma equipe multidisciplinar, contento, médicos, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e preparadores físicos.

É preciso que a família se atente aos sinais de comportamentos considerados diferenciados e busque um profissional qualificado, sendo importante desde o diagnóstico até o tratamento que é ao longo da vida, contribuindo para uma melhor convivência e qualidade de vida no âmbito do portador desde transtorno como também da família que precisa se adaptar.

O que era considerado de grande dificuldade para família, atualmente tem um grande leque de possibilidades que auxiliam a família a lidar com uma criança autista, facilitando assim este processo e conseguindo uma vida praticamente “normal”, tendo um desenvolvimento crescente.

Muitas vezes, o autismo é confundido com outras síndromes ou com outros transtornos globais do desenvolvimento, pelo fato de não ser diagnosticado através de exames laboratoriais ou de imagem, por não haver marcador biológico que o caracterize, nem necessariamente aspectos sindrômicos morfológicos específicos; seu processo de reconhecimento é dificultado, o que posterga a sua identificação.

CONDIÇÕES QUE PODEM ESTAR ASSOCIADAS AO AUTISMO (Autismo Brasil)

Acessos de raiva
Agitação
Agressividade
Auto-agressão, auto-lesão
(bater a cabeça, morder os dedos, as mãos ou os pulsos)
Ausência de medo em resposta a perigos reais
Catatonia
Complicações pré, peri e pós-natais
Comportamentos autodestrutivos
Déficits de atenção
Déficits auditivos
Déficits na percepção e controle motor
Déficits visuais
Epilepsia
Hiperatividade
Impulsividade
Irritabilidade
Macrocefalia
Microcefalia
Paralisia cerebral
Respostas alteradas a estímulos sensoriais
(alto limiar doloroso, hipersensibilidade aos sons ou ao toque, reações exageradas à luz ou a odores, fascinação com certos estímulos)
Temor excessivo em resposta a objetos inofensivos


Existe ainda um tipo especifico chamado de Síndrome de Asperger que além dos sintomas comuns ao autista pode apresentar altas- habilidades em determinadas área tais como música ou matemática.

O Autismo vem sendo analisado por pesquisadores em todo o mundo e o mais importante que se tenha um tratamento especifico que favoreça o seu desempenho e estimulo a vida cotidiana, proporcionando a todos os envolvidos uma aprendizagem coletiva, onde a condição do autista seja para ele a proposta de desenvolvimento e para a família vivências de aprendizado e amor.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Formação de Leitores

O Estimulo a leitura deve começar desde a barriga da mãe. É comprovado que as ondas emitidas por sons produzem efeitos desde a gestação, sejam eles positivos tais como músicas de qualidade e contos infantis; ou, negativos como ruídos ou estrondos muito altos.

A voz da mãe é o elo de ligação sonora entre bebê e mundo. Amplia também a percepção para audição e cognição do bebê os sons sugeridos desde as primeiras semanas de gestação, são eles estímulos para o desenvolvimento. A prática para leitura também faz parte desse desenvolvimento.

A leitura é o que propõe a mudança a nível individual e coletivo visto que, a maioria do conhecimento é advindo de informações viso-perceptiveis. O estímulo à leitura ao longo do desenvolvimento infantil pode resultar em bons leitores, não apenas na leitura chamada básica, de assimilação de símbolos e palavras, mas de uma forma geral a leitura interpretativa com entendimento mais ampliado e a facilidade de interpretação.

O contato com a expressão da leitura proporciona uma entrada no mundo do conhecimento que deve ser incentivado no decorrer de toda a vida. Pais leitores geram filhos leitores. Momentos de leitura devem ser compartilhados em casa. Estimular não é apenas comprar livros infantis, é antes compartilhar momentos de leitura das mais diversificadas categorias, tendo condições para discussões sobre os temas assimilados, crescendo assim o cabedal de informação e conhecimento da família.

Estas atividades irão facilitar a passagem pelos níveis de leitura que são elas:

a) Pré- leitor (ainda não lê, faz a leitura apenas visual) – analfabetos;

b) Leitor iniciante (aquele que compreende pequenos textos);

c) Leitor com alguma experiência em leitura (já compreende textos longos, mas simples);

d) Leitor com habilidade em leitura (compreende textos mais complexos graus mais apurados de interpretação;

e) Leitor experiente (categoria de compreensão de conteúdos inter-relacionados e textos dos mais variados, indo desde textos científicos às poesias);

Assim em muito será facilitado o processo de alfabetização e letramento, sendo a alfabetização de acordo com Emilia Ferreiro a “ação de ensinar e aprender a ler e escrever” e letramento “a condição não apenas de quem aprende a ler e a escrever”, àquele que cultiva e exerce as práticas sociais que utilizam leitura e escrita.

Portanto, o estimulo à leitura deve ser feito em todas as faixas etárias, iniciando-se, de preferência, desde a gestação para que com familiaridade e prazer possamos nos aperfeiçoar e nos desenvolver.